Cientistas, evitem locais de trabalho que não valorizam vocês: uma reflexão

Por Alessandro Coutinho Ramos / Diretor de Pesquisa e pós-graduação / Universidade Vila Velha (UVV)

Recebi um artigo do colega de instituição, Prof. Marcelo Moretti, intitulado: “Cientistas, evitem locais de trabalho que não valorizam vocês”, publicado na Revista Science por Alaina Levine, e que me fez refletir muito.

Em abril terei um novo desafio na minha carreira, que é liderar a Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e a inovação da Universidade Vila Velha (UVV). Tenho buscado sistematicamente conversar e trocar ideias  com colegas mais experientes como cientistas, gestores universitários do setor público e privado, empresários e players importantes do ecossistema de inovação. As conversas envolvem sobre como dar um salto de gestão em um setor que faço parte há 4 anos e que cresceu muito. Um tema recorrente nessas conversas é o apoio aos cientistas.

Por experiência própria, afirmo que o tratamento aos cientistas é de fato algo que precisa melhorar. Cientistas de verdade, afirmo, e não aos pseudocientistas que correm atrás de lattes. Assim, o  artigo “Cientistas, evitem locais de trabalho que não valorizam vocês” é muito pertinente, atual, mas não apenas para mim, e sim para todos gestores nas universidades brasileiras.

A relação se reside na responsabilidade que um gestor possui em criar e manter o ambiente de trabalho saudável e propício ao desenvolvimento dos seus cientistas. É sobre valorizar e criar condições no local de trabalho que valorize as habilidades, a diversidade, a criatividade e as contribuições dos seus pesquisadores. O artigo em questão, indiretamente, se conecta com o papel dos gestores em promover a satisfação profissional e o bem-estar pessoal dos seus cientistas.

Para isto, os gestores de universidades devem estar atentos aos sinais de ambiente tóxico e trabalhar para erradicá-los, garantindo que haja suporte adequado, expectativas e uma atmosfera de colaboração no time. Além disso, é essencial que os gestores incentivem a integridade científica e o crescimento profissional dos seus pesquisadores.

Em suma, o artigo serve como um aviso aos gestores sobre a importância de criar e sustentar ambientes de trabalho que valorizem e respeitem os responsáveis pela produção de conhecimento, garantindo seu desenvolvimento pessoal e profissional e, consequentemente, contribuindo para o avanço do conhecimento e da ciência na sua instituição. Além disso, é muito relevante o gestor reconhecer sinais de toxicidade, como falta de comunicação, competição excessiva, assédio e expectativas irreais e atuar para combater e não estimular. No meu caso, ações estão no planejamento estratégico!

Todos juntos por ambiente de trabalho para os cientistas cada vez melhor!

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Entenda artigo “Cientistas, evitem locais de trabalho que não valorizam vocês”, em três perguntas.

1. Quais são alguns sinais comuns de que uma organização não valoriza seus cientistas?
O artigo sugere que os cientistas devem evitar locais de trabalho que não os valorizam. Alguns sinais comuns de uma organização que não valoriza seus cientistas podem incluir não oferecer condições mínimas de trabalho, não fornecendo recursos ou suporte adequados para projetos de pesquisa e não reconhecer ou celebrar as conquistas da equipe científica.

2. Como os cientistas podem negociar por um tratamento melhor no local de trabalho?
O artigo não fornece conselhos específicos sobre como os cientistas podem negociar por um tratamento melhor no local de trabalho. No entanto, sugere que os cientistas devem fazer perguntas sobre como uma organização valoriza seus funcionários durante entrevistas de emprego e ouvir atentamente as respostas que recebem.

3. Quais são alguns exemplos de organizações que priorizam o bem-estar e o sucesso de sua equipe científica?

O artigo não fornece exemplos específicos de organizações que priorizam o bem-estar e o sucesso de sua equipe científica. No entanto, enfatiza a importância de encontrar um local de trabalho onde você se sinta valorizado e apoiado como cientista, mesmo que isso signifique abrir mão de oportunidades para prestígio ou avanço em outro lugar.